Publicado em: 04/02/2024
Especialista aponta que os pecuaristas estão adaptando o ritmo de negociações, beneficiados pelas boas condições das pastagens; entretanto pico da safra de boi gordo vem aí Após registrar quedas nas cotações durante a semana, o mercado físico do boi gordo reage e demonstra firmeza nesta última semana, a expectativa é que esse movimento persista durante os primeiros dias de fevereiro, e que com a aproximação do carnaval o escoamento no varejo melhore e a indústria frigorífica oferte mais pela arroba para atender a demanda. A arroba mato-grossense teve incremento de 1,5%, no comparativo semanal, cotada a R$216,30. Na B3, o vencimento para fev/24 teve recuo de 0,23% na comparação diária, cotado a R$238,80/@.
Para o mercado internacional de carne bovina, o papel argentino nas exportações globais de carne bovina tem aumentado, mesmo em meio à crise que estão enfrentando. Um dos fatores que contribuem para esse desempenho positivo é o aumento na produção da proteína bovina no país. Além disso, a deterioração do poder de compra da população argentina reduziu a capacidade de manter essa carne no mercado doméstico, levando a um aumento nas exportações de carne bovina. Fernando Henrique Iglesias, consultor da Safras & Mercado, informou que as cotações do mercado se mantiveram estáveis, com expectativas de aumento no escoamento da carne durante a primeira metade de fevereiro. Esse movimento é esperado devido à injeção de salários na economia, o que estimula a compra entre atacado e varejo.
Iglesias aponta que os pecuaristas estão adaptando o ritmo de negociações, beneficiados pelas boas condições das pastagens. Entretanto, projeta-se uma alteração nesse cenário no segundo trimestre, época que coincide com o pico da safra de boi gordo. Quanto aos preços do boi gordo, foram registrados os seguintes valores:
São Paulo (Capital): R$ 239,00 Goiânia (GO): R$ 230,00 Uberaba (MG): R$ 240,00 Dourados (MS): R$ 231,00 Cuiabá (MT): R$ 210,00 No setor atacadista, os preços permaneceram constantes na quinta-feira. A expectativa é de uma recuperação dos valores na primeira quinzena do mês, impulsionada pelo aumento do consumo após o pagamento dos salários. Tal dinâmica é vista como essencial para a diminuição dos estoques de carne. Atualmente, o quarto traseiro está avaliado em R$ 18,00 por quilo. A ponta de agulha tem preço de R$ 12,50 por quilo, e o quarto dianteiro é vendido a R$ 12,60 por quilo
Governo irá fiscalizar plantas frigoríficas Nesta semana a Secretaria de Estado da Economia em parceria com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) promoveu fiscalização em frigoríficos da região metropolitana de Goiânia. Denominada Operação Boi Gordo, a ação abrangeu todo o Estado de Goiás, incluindo o fechamento das fronteiras estaduais, com o objetivo de inspecionar a documentação do transporte de gado, como nota fiscal e Guia de Trânsito Animal (GTA). Gabriela Vitorino de Sousa Delfino, superintendente de Fiscalização Regionalizada, enfatizou a essencialidade da operação para a conformidade das transações comerciais com a legislação, após a identificação de irregularidades. Augusto Amaral, diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, destacou a importância dos controles tributário e sanitário sobre o gado, essenciais para garantir a segurança da carne consumida pela população. Amaral anunciou a continuidade da fiscalização em outros estabelecimentos para assegurar a defesa agropecuária em Goiás.
A iniciativa visa reafirmar o papel do Estado na fiscalização agropecuária e no cumprimento das normas do setor. Auditores fiscais e fiscais agropecuários, com apoio do Comando Volante da Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Goiânia e Apoio Fiscal Fazendário, estão examinando desde os currais até os locais de abate, à procura de irregularidades.