Publicado em: 16/06/2024

A vaca Viatina 19 FIV Mara Móveis estabeleceu um novo padrão de excelência e valor no Leilão HRO Experience – Grand Prix. Um pacote com 100 oócitos desta notável representante da raça Nelore foi arrematado por impressionantes R$ 3,15 milhões de reais Em um evento que já entrou para a história do agronegócio brasileiro, a vaca Viatina 19 FIV Mara Móveis estabeleceu um novo padrão de excelência e valor no Leilão HRO Experience – Grand Prix. Um pacote com 100 oócitos desta notável representante da raça Nelore foi arrematado por impressionantes R$ 3,15 milhões de reais, um recorde que não só ressalta sua excepcionalidade genética, mas também a reconfirma como a vaca mais cara do mundo, reconhecida pelo Guinness Book. A Fazenda Tapijara, localizada em Arandu (SP), foi o palco para criadores e convidados de mais uma emocionante edição do “Leilão HRO Experience”. O evento aconteceu em rodada tripla nos dias 14, 15 e 16 de junho, com as modalidades Embryo, Grand Prix e Elite, e contou com a participação de quase 40 criatórios convidados.

Promovido pelo renomado selecionador Hélio Robles de Oliveira, o leilão ofereceu uma diversidade de bezerras, novilhas e vacas Nelore PO, além de prenhezes e aspirações. Os animais à venda são de altíssima qualidade genética, representando uma oportunidade única para quem queria adquirir exemplares que garantirão produtividade e excelência, elevando o padrão de qualquer rebanho. Este leilão, que tem se destacado como um dos mais importantes na agenda da pecuária nacional, foi palco de uma verdadeira celebração da qualidade e do potencial genético brasileiro na pecuária de corte. O valor alcançado, não só por Viatina 19, mas por todas as “barrigas de Ouro da seleção Casa Branca”, sublinha a importância de investimentos em genética de ponta e a confiança dos criadores na robustez e na produtividade que tais investimentos podem trazer às suas operações.

A recordista Viatina 19 – que atingiu o valor de R$ 21 milhões durante o Leilão HRO do ano de 2023 – é proveniente do renomado criatório Mara Móveis – reconhecido como a casa das Viatinas, e conhecido por sua dedicação ao aprimoramento genético e à sustentabilidade na produção pecuária. A venda dos oócitos não apenas estabelece um novo marco financeiro, mas também destaca a vaca como uma fonte inestimável de características desejáveis dentro da raça Nelore, como adaptabilidade, longevidade reprodutiva e eficiência alimentar, que são essenciais para o sucesso no cenário agropecuário competitivo de hoje.

Além do reconhecimento do Guinness Book como a fêmea bovina mais valiosa do mundo, o resultado deste leilão é um testemunho do status que o Brasil vem construindo como líder global no campo da genética bovina. Ele reforça a posição do país como um exportador de genética de alta qualidade, capaz de atender à crescente demanda global por produtos de origem animal eficientes e sustentáveis.

Atualmente, a vaca Viatina-19 FIV Mara Móveis – propriedade de Casa Branca Agropastoril, Agropecuária Napemo e Nelore HRO – entrou para a história como a fêmea bovina mais valiosa do mundo. “Este marco é histórico para nós da Casa Branca Agropastoril e dos parceiros que investiram na propriedade de Viatina-19. Ela simboliza o padrão de qualidade superior que buscamos. Sua valorização e o reconhecimento no Guiness Book são provas incontestáveis de que o investimento em excelência genética proporciona retorno – seja em produtos diferenciados, em retorno financeiro e em imagem”, declarou na época Fabiana Marques Borrelli, diretora da Casa Branca. Viatina 19 FIV Mara Móveis não apenas alcançou um preço recorde, mas também reafirmou seu papel como protagonista nas páginas de sucesso do Leilão HRO. Com a continuidade desses eventos e o interesse constante por genética de elite, resta-nos perguntar: Qual será o próximo capítulo na história já brilhante de Viatina 19?

O que faz uma vaca valer tanto? Se fosse pra responder com uma única palavra, seria: Tecnologia. A transferência de embriões em bovinos tem sido uma importante ferramenta para o melhoramento genético. É por isso também que vem ganhando cada vez mais relevância e espaço no mercado mundial. Basicamente, a técnica consiste na multiplicação do material genético de fêmeas de alto valor, de forma rápida do que o convencional. Além disso, ela facilita o transporte e comercialização de material genético por meio de embriões congelados. A TE, como é comumente chamada, possibilita a coleta e a transferência de embriões de fêmeas doadoras (animal com maior valor genético) para as receptoras (chamadas de barrigas de aluguel). Dessa forma, uma fêmea que naturalmente produziria apenas um bezerro ao ano, tem a possibilidade de aumentar sua produção em mais de 10 produtos anuais, sem a necessidade de gestação e parto.

Outra tecnologia bastante usada é a fertilização in vitro (FIV). Com a transferência de embrião, uma boa vaca consegue produzir em média até os 15 anos de idade. Usando a técnica de FIV, ela produzirá pelo menos, em média, até os 20. Nas duas técnicas, os filhos não se desenvolvem na barriga da matriz de alta qualidade, que é muito cara. Os embriões são transferidos para as chamadas receptoras, ou “mães de aluguel”, que os parem sem transmitir nenhuma característica genética aos bezerros. A transferência de embriões, fertilização in vitro, juntamente com as demais biotecnologias são as grandes responsáveis pela aceleração o melhoramento genético em bovinos, o caminho da seleção e do melhoramento genético pode ser encurtado em pelo menos três gerações ou cerca de 10 anos de seleção, permitindo rápidos saltos na produção e na qualidade do gado. Transformando uma única fêmea em mãe de centenas de filhos sem precisar necessariamente parir. É por isso que uma matriz pode valer milhões de reais.


Vaca mais cara do mundo, Viatina 19, vende 100 oócitos por R$ 3,15 milhões