Publicado em: 26/06/2021
Concorrência com culturas agrícolas mais rentáveis,
limitações climáticas e a busca por remuneração baseada em qualidade de carne
são alguns dos desafios enfrentados na bovinocultura de corte atual. Resta,
então, ao pecuarista tornar-se mais eficiente na atividade encurtando o ciclo
pecuário e intensificando o sistema produtivo.
Neste sentido, uma tecnologia recém-lançada pelos
programas de avaliação genética Cia de Melhoramento e Deltagen,
em parceria com a GenSys Consultores Associados, pode
beneficiar tanto os pecuaristas quanto o consumidor final de carne bovina.
Trata-se do Índice Frigorífico (IFRIG), um indicador específico
para a função frigorífica que pondera características de carne, carcaça e
desempenho zootécnico dos animais.
O trabalho, inédito no Brasil, segundo os
envolvidos, conta com um banco de dados de 8
mil touros e 150 mil matrizes Nelore
CEIP sob avaliação, sendo 22 mil delas
pertencentes à Agropecuária
Jacarezinho. Com fazendas nos estados da Bahia, São Paulo, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, a propriedade detém a maior quantidade de animais
dentro do programa.
Em outras palavras, touros com IFRIG serão capazes
de transmitir maior produtividade por animal, rendimento de carcaça e qualidade
de carne para suas progênies. Como resultado, fazendas poderão aumentar a
rentabilidade do negócio ao enviar seus animais para os frigoríficos. Além
disso, varejo e restaurantes terão cortes mais macios, saborosos e suculentos
para oferecer aos seus clientes.
O
índice frigorífico (IFRIG)
O IFRIG é composto por indicadores quantitativos,
com destaque ao peso de carcaça quente (Peso de
Carcaça obtido no frigorífico após toalete) e ao rendimento de
carcaça (Peso de Carcaça Quente em relação ao Peso Vivo).
E também existem os indicadores qualitativos, como
área de olho de lombo (AOL), medida em cm2 de área; espessura de gordura subcutânea
(EGS), mensurada em milímetros; maciez (MAC), análise física que indica a força
de cisalhamento; e marmoreio (MAR), o percentual de gordura entremeada que
garante sabor e maciez à carne.
“Mas não é só isso. Depois de comprovados no gancho,
a avaliação aumenta a eficiência da seleção para a produção de carne, visando
priorizar a adaptação aos vários ambientes de produção do Brasil, relacionando
fenótipo e genótipo de todas as características avaliadas no índice. Já são
oito anos validando essas informações”, explica Rafael Zonzini, gerente
comercial da Agropecuária Jacarezinho. O passo seguinte é disponibilizar as
informações para que o processo seletivo se torne ainda mais eficiente e
democrático entre os produtores.
Fonte: Compre Rural
https://www.comprerural.com/novo-indice-avaliara-qualidade-frigorifica-do-nelore/