Publicado em: 13/09/2022
Boiada gorda seguiu com um mercado em “clima de feriado”, com o mercado acomodado; Mas as indústrias já estão com “medo” dos preços em novembro e tentam, a todo custo, garantir suas escalas. Confira!
O mercado físico do boi gordo encerrou a semana com preços oscilando de estáveis a mais baixos, a depender da praça pecuária avaliado pelo país. O feriado de 7 de Setembro quebrou o ritmo das negociações, deixando as concretizações ocorrendo de forma mais tímida. Pecuarista agora precisa ter cautela e, aqueles que querem uma “segurança” estão indo atrás do Boi a Termo
Com poucas movimentações durante a semana, os frigoríficos operam com escalas relativamente mais curtas neste momento (entre seis e sete dias úteis em média), ainda que a grande indústria conte com a incidência de animais a termo em sua programação.
“A demanda por animais padrão China se torna mais aquecida, o que tem resultado em negociações acima da referência média em alguns estados, notadamente em São Paulo”, diz Iglesias da Agência Safras.
Após o aumento no preço pago pela arroba do boi gordo no fechamento de ontem (8/9), a sexta ficou com preços estáveis para todas as categorias destinadas ao abate. A arroba da vaca e novilha está sendo negociada em R$268,00 e R$282,00, respectivamente, preços brutos e a prazo. A referência do boi China está em R$300,00/@, preço bruto e a prazo. Aqueles que possuem animais no cocho e buscam garantir a rentabilidade da operação, estão aproveitando o momento do “boom” do Boi a Termo. As industrias por sua vez, aproveitam para garantir a composição das escalas de abate no curto e médio prazo. Segundo o App da Agrobrazil, o pecuarista da região de José Bonifácio, interior de São Paulo, informou negociação para lote de animais a Termo, com valor de R$ 326,90/@ com o pagamento em 30 dias e abate programado já para a segunda quinzena de dezembro.
Buscando se igualar ao mercado, o Indicador do Boi Gordo Cepea, na praça paulista, encerrou a semana informando um recuo de – 4,79% na comparação diária. Com isso, os preços do boi gordo recuaram de R$ 307,00/@ para o patamar de R$ 292,30/@, representando um recuo de quase R$ 15,00/@ em um único dia.
“O mercado balcão segue com dinâmica de preços distintos ao longo das praças monitoradas, porém o apetite comprador por parte das indústrias permanece fraco e irregular por todo o País”, reforça a consultoria.
Nas últimas semanas, observa a IHS, a queda de braço entre as indústrias e os produtores ganhou força, sobretudo na região Sul e Sudeste, onde, conforme já menci0nado em parágrafo acima, a oferta de animais disponíveis para abate é mais enxuta. No Centro-Oeste, a chegada dos primeiros lotes oriundos do segundo giro de confinamento, embora ainda em volumes menores, reforçam a tendência de baixa nos preços da arroba, sobretudo no MS e MT. Ambos Estados, observa a IHS, possuem volume significativo de plantas que operam com oferta garantida por meio de negociações de boi a termo, reduzindo a necessidade dos frigoríficos adentrarem no mercado spot de forma mais ativa.
Vendas externas seguem recordes Os volumes de carne bovina in natura exportados pelo Brasil vêm crescendo nestes últimos meses, atingindo, em agosto, quantidade recorde, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997.
O Brasil exportou 203,23 mil toneladas de carne bovina em agosto, um recorde, sendo 21,5% a mais que em julho/22 e 11,81% maior que no mesmo período do ano passado. Giro do boi gordo pelas praças pecuárias do país Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi teve alta e ficou em R$ 291. Já em Dourados (MS), a cotação ficou em R$276. Em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia em queda, ficando cotado a R$ 266. Em Uberaba (MG), os preços continuam fixados em R$ 280. Em Goiânia (GO), os preços do boi são de R$ 270 a arroba.
De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios aponta para a continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. A primeira quinzena de setembro vem sendo importante para enxugar os estoques de carne bovina, fator preponderante para que haja espaço para nova valorização dos preços da arroba do boi gordo. O quarto dianteiro do boi foi cotado em R$ 16,50. Já a ponta de agulha teve preços de R$ 16,40. Por fim, o quarto traseiro do boi cresceu e teve preço de R$ 21,10 por quilo
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