Publicado em: 15/11/2023
Escalas de abate ficam mais curtas para atender consumo aquecido no país que, segundo informações das consultorias, a demanda por carne bovina no ápice mantém alta da arroba; veja cotações O mercado físico do boi gordo segue com preços firmes a cerca de um mês, informaram as consultorias que acompanham o mercado. Um dos principais fatores para sustentação dos preços elevados está favorecendo a maior demanda pela matéria prima (animal pronto pra abate), sendo ele a demanda pela carne bovina. Segundo levantamento, período de maior consumo tem refletido na manutenção do viés de alta nos preços da arroba. Confira! Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate começam a apertar em alguns estados, sugerindo pela continuidade desse movimento no curto prazo. Iglesias ressalta que o feriado da Proclamação da República tende a quebrar o ritmo das negociações e dificultar a composição das escalas de abate.
A demanda por carne bovina está em seu ápice, motivada por três fatores: Entrada do 13º salário e demais bonificações As confraternizações de fim de ano; Criação de postos temporários de emprego. Com isso, as indústrias têm a necessidade de manter as escalas relativamente confortáveis para atender todo esse consumo, afirma o analista. Segundo informou a Scot Consultoria em seu boletim diário, com as indústrias frigoríficas fora de compras, as cotações estão estáveis na comparação feita dia a dia, cenário que persiste há 33 dias. O boi destinado ao mercado interno está sendo negociado em R$235,00/@, a vaca em R$215,00/@ e a novilha em R$225,00/@, preços brutos e a prazo.
O “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum, cenário que deve permanecer com variações pontuais, tendo em vista o aumento da demanda nesta época do ano, principalmente pela China, maior comprador da carne bovina brasileira. Do lado de dentro das porteiras, diz a S&P Global Commodity Insights, muitos pecuaristas permanecem resistentes aos negócios propostos pelas indústrias ainda ativas nos negócios, estratégia que resulta em estabilidade nos preços da arroba em grande parte das regiões pecuárias.
Segundo app da Agrobrazil, parceira do Compre Rural, as negociações na ultima terça-feira, 14, seguiram o mesmo fluxo da segunda-feira, com poucas negociações informadas. Entretanto, o que chama mais a atenção e, claro, colabora com as informações acima, são os valores informados de negociações de lotes variando de R$ 230,00/@ até R$ 239,00/@. Veja imagem abaixo.
Exportação de carne bovina in natura Em relação ao mercado de exportações de carne bovina in natura, novembro iniciou em boa toada, informa a Agrifatto,
“Historicamente, em novembro são exportados volumes menores de carne bovina em comparação com outubro, mas a intensidade dos embarques nos primeiros dias do mês dão sinal de esperança de que este ano será diferente”, observa a Agrifatto. Até a segunda semana de novembro, foram exportadas 73,2 mil toneladas de carne bovina in natura, e a média diária embarcada foi de 10,4 mil toneladas, aumento de 40,5% frente à média diária em novembro/22. Na mesma comparação, o preço pago por tonelada ficou em US$4,6 mil, queda de 12,0%, apontou relatório da Scot.
Giro do boi gordo pelo Brasil São Paulo: R$ 238 Goiânia (GO): R$ 237 Uberaba (MG): R$ 230 Dourados (MS): R$ 231 Cuiabá (MT): R$ 207 Atacado O mercado atacadista apresenta preços firmes às vésperas do feriado. A expectativa ainda é de alta dos preços no curto prazo, em linha com o auge do consumo no mercado interno. É importante mencionar que o perfil de consumo para essa época do ano sinaliza para a preferência por cortes de maior valor agregado, considerando a capitalização da população.
O quarto traseiro permanece com preço de R$ 19 o quilo.
O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 12,80 o quilo.
A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 13 o quilo.