Publicado em: 28/12/2021
DEMANDA PONTUAL SEGUE PROVOCANDO ALTA NOS PREÇOS DA CARNE
BOVINA
Os valores da carne voltaram a subir diante dos estoques
enxutos e da demanda doméstica aquecida favorecida pelo período de festas
O mercado físico do boi voltou a apresentar preços firmes
nesta terça-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a
oferta de animais segue restrita, com pecuaristas retraídos nas vendas, quadro
que não deve apresentar mudanças no curto prazo por conta da proximidade do Ano
Novo, o que deve impor dificuldade para os frigoríficos alongarem suas escalas
de maneira satisfatória, podendo levar alguns, principalmente os de menor
porte, a atuarem de maneira agressiva nas compras após a virada do ano.
Em São Paulo, frigoríficos aumentaram os preços de compra,
conseguindo fechar alguns lotes para a semana vindoura, com registro de
negócios no interior paulista em R$ 335/340 por arroba, dependendo do padrão do
animal. “A estratégia do pecuarista merece atenção nas próximas semanas,
podendo optar em segurar o boi no pasto no Sudeste e Centro-Oeste do país,
apostando em novas altas com China aberta para a carne bovina brasileira”,
disse Maia.
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No mercado paulista, os preços do boi gordo seguem em
tendência de alta. No interior do estado, registro de negócios entre R$
330/340/@ a prazo, dependendo do padrão e qualidade do animal. Em Minas Gerais
os preços continuam firmes e os frigoríficos sinalizam para escala de abate
desconfortáveis. No triângulo mineiro negócios em R$ 330/335/@ a prazo.
Em Goiás preços estáveis no decorrer do dia. Em Goiânia, o
boi gordo segue negociado entre R$ 315/320/@ a prazo e escalas estão
posicionadas para a metade da próxima semana. Em Mato Grosso do Sul preços
ficaram acomodados. Na região de Campo Grande e de Dourados o boi gordo foi
indicado em R$ 320/@ a prazo. Em Mato Grosso as cotações seguem firmes. Na
região de Cuiabá a arroba ficou posicionada em R$ 300/305/@ à vista.
Atacado
O mercado atacadista voltou a registrar alta da carne
bovina, com estoques enxutos e a demanda doméstica aquecida favorecida pelo
período de festas. “Contudo, após a virada do ano, a demanda tende a evoluir de
maneira mais tímida e os preços do traseiro podem encontrar alguma dificuldade
para sustentação nos níveis atuais. Além disso, as famílias tendem a consumir
menos nas primeiras semanas do ano, por conta do endividamento e gastos extras
característicos do período. Deste modo, um alto fluxo de exportações será
fundamental para as cotações neste período onde a demanda interna é retraída”,
avalia Maia.
O quarto traseiro ficou posicionado em R$ 25,70 por quilo. O
quarto dianteiro foi cotado em R$ 15,90 por quilo e a ponta de agulha em R$
15,50.
Fonte: Canal Rural
https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/demanda-pontual-segue-provocando-alta-nos-precos-da-carne-bovina/