Publicado em: 11/11/2021
COM
FRIGORÍFICOS MANTENDO A AGRESSIVIDADE NAS COMPRAS DE BOIADAS, COTAÇÃO DA ARROBA
NÃO PARA DE SUBIR
As vendas de
carne bovina vêm apresentando recuperação no mercado doméstico e, ao mesmo
tempo, as exportações também dão sinais de retomada, mesmo sem contar com a
China, observa a IHS Markit
Nesta
quinta-feira, 11 de novembro, seguindo a tendência iniciada a partir da última
segunda-feira, o mercado brasileiro do boi gordo registrou novos movimentos de
alta nos preços da arroba, informa a IHS Markit.
Muitas unidades
de abate passaram a relatar dificuldade em encontrar carregamentos em volumes
maiores, informa a IHS.
“A escassez na
oferta de animais prontos para abate continua estimulando os ajustes nas
indicações de compra dos frigoríficos”, diz a consultoria, acrescentando que as
indústrias buscam preencher as suas escalas para além do feriado nacional da
próxima semana.
Neste contexto,
visando não encurtar ou mesmo prejudicar o avanço adequado das programações de
abate, algumas plantas frigoríficas foram com mais agressividade às compras de
gado, alinhando os preços atuais às máximas vistas no primeiro semestre de
2021.
Embora haja
cautela por parte da ponta compradora em efetivar aquisições de boiadas, as
vendas de carne bovina vêm apresentando recuperação no mercado doméstico e, ao
mesmo tempo, as exportações também dão sinais de retomada, mesmo sem contar com
a volta dos chineses, observa a IHS.
Do lado de
dentro das porteiras, alguns pecuaristas passaram a reter as ofertas de
boiadas, contribuindo para o aquecimento da arroba.
“Depois de
liquidar grande parte dos animais terminados que estavam no cocho, os lotes que
não haviam alcançado o peso ideal para abate foram realocados aos pastos”,
relata a IHS, que chama a atenção para o retorno das chuvas nas regiões de
pecuária, o que possibilitou a engorda com capim.
Portanto,
continua a consultoria, o foco dos produtores é tentar barganhar preços maiores
visando mitigar os prejuízos gerados pelas quedas acentuadas nos preços da
arroba ao longo dos dois últimos meses.
Giro pelas
praças – Entre as principais regiões pecuárias do Brasil, no interior paulista
já existe planta frigorífica operando no balcão com a arroba a R$ 300 (valor
bruto, pagamento à vista), informa a IHS.
Em Minas
Gerais, mercado mais acomodado depois de atingir a máxima vigente.
No Mato Grosso
do Sul, a referência passou a ser de R$ 300/@, valor bruto, a prazo, devido à
necessidade dos frigoríficos em preencher as escalas de abate da próxima
semana.
No Mato Grosso
e nas praças de Goiás, o mercado já opera com valores em torno de R$ 280/@ para
desconto do Funrural.
Especialmente
em Goiás, devido à escassez de oferta, o tamanho do lote, qualidade e peso são
determinantes para preços diferenciados, relata a IHS.
Entre as praças
das regiões Norte e Nordeste, o mercado segue com procura firme e preços também
em alta.
Na bolsa B3, a
intensidade das altas verificadas no mercado físico continua a favorecer a
trajetória de aumento dos preços futuros.
Depois de
fechar a sessão passada com sólidas altas, o mercado tem operado no pregão desta
quinta em campo positivo, com o primeiro vencimento que serve de base para o
spot (nov/21) acima de R$ 300/@, informa a IHS.
No atacado, os
preços dos principais cortes bovinos continuaram firmes, embora apenas a ponta
de agulha tenha esboçado nova alta nesta quinta-feira.
As antecipações
de compra de mercadoria por parte dos distribuidores e varejistas (devido ao
próximo feriado) têm dado suporte para que as indústrias frigoríficas encaixem
mais algumas altas nos preços.
Fonte:
Portal DBO
https://www.portaldbo.com.br/boi-gordo-com-frigorificos-mantendo-a-agressividade-nas-compras-de-boiadas-arroba-nao-para-de-subir/