“Pelo terceiro dia consecutivo, os preços do boi gordo permaneceram estáveis em todas as 17 regiões produtoras monitoradas”; confira as cotações O mercado físico do boi gordo apresentou uma estabilização nos preços nesta semana, após um período de queda, de acordo com dados divulgados pela consultoria Agrifatto. A situação foi influenciada pela ampliação das ofertas e o avanço das escalas de abate nas indústrias, que conseguiram testar patamares mais baixos de preços com sucesso. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, a situação climática é um fator preponderante para entender este quadro. “Com a elevação das temperaturas no Centro-Norte brasileiro, somada a índices pluviométricos tímidos, é evidenciada uma maior dificuldade do pecuarista em segurar os animais no pasto“, explicou Iglesias.

Segundo a Agrifatto, de uma maneira geral, as escalas entre as indústrias brasileiras seguiram com atendimentos alongados de dez dias, na média nacional. “Pelo terceiro dia consecutivo, os preços do boi gordo permaneceram estáveis em todas as 17 regiões produtoras monitoradas”, relata. Olhando adiante, continua a consultoria, a situação demanda um planejamento cuidadoso por parte dos produtores. “Com a transição da safra para a entressafra em meados de junho, as condições climáticas secas e as temperaturas elevadas deterioram as pastagens, reduzindo a capacidade de retenção dos animais terminados”, alerta a Agrifatto, que acrescenta: “Isso resulta em um aumento anual da oferta e exerce um impacto negativo sobre as cotações”.

Preços da arroba São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias;

Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias; Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de nove dias.

Segundo o último indicador do boi gordo do CEPEA/B3, divulgado em 07/05/2024, o valor registrado foi de R$ 233,15 por arroba, representando uma variação negativa de 0,26% em relação ao dia anterior. No mês, houve uma alta de 1,66%. Em dólares, o valor foi de US$ 45,97.

Mercado atacadista O mercado atacadista de carne tem registrado movimentações consistentes, com vendas consideradas boas tanto nos balcões do varejo quanto nas distribuições do atacado, conforme aponta a Agrifatto. Nos últimos dias, todas as mercadorias entregues aos distribuidores dentro do programado são prontamente descarregadas, sendo raros os retornos parciais. Além disso, houve um aumento significativo nos pedidos para reposição dos estoques do varejo em comparação com a semana anterior, especialmente por carne com ossos destinada ao consumo direto, como boi castrado, vaca e novilha, para entregas rápidas nos próximos dias.

Esse período é marcado por um maior apelo ao consumo, não só devido à entrada dos salários na economia, mas também ao adicional de consumo relacionado ao Dia das Mães, que motiva a reposição ao longo da cadeia produtiva. O quarto traseiro é precificado a R$ 17,30 por quilo, o quarto dianteiro permanece no patamar de R$ 13,90 por quilo, e a ponta de agulha continua cotada a R$ 12,80 por quilo.