Publicado em: 11/06/2021
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta
quarta-feira, 09, com grande destaque para a categoria das fêmeas.
Diante da lacuna no quadro de oferta de animais para abate, que segue dominante
em 2021, os preços devem continuar sustentados em patamares elevados.
Apesar da inconsistência do consumo interno de
carne bovina, diante da crise econômica, a forte reação da demanda
internacional pela commodity brasileira impulsionou os preços
da arroba bovina nos primeiros dois dias desta semana. É esperado uma reação do
mercado interno com o avanço da vacinação contra a COVID-19.
Segundo a Scot Consultoria, os compradores abriram
o dia ofertando R$2,00/@ a mais para a vaca e novilha gordas, na comparação
feita dia a dia. O preço da arroba do boi gordo está estável. O boi, vaca e novilha gordos, estão sendo
negociados em R$315,00/@, R$294,00/@ e R$307,00/@, preços brutos e a
prazo, nesta ordem.
Negócios para bovinos que atendem os requisitos
para exportação ocorrem em R$320,00/@, preço bruto e à vista. Porém, conforme anunciado ontem aqui no
Portal, já começam a ocorrer negociações acima deste valor, de forma pontual,
mas que devem se tornar novo preço base para a categoria.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado
chegou a R$ 316,96/@, na quarta-feira (09/06), conforme dados informados
no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$
293,46/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 305,21/@.
O indicador do boi gordo do Cepea, cotação
variou -0,85% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,70 para R$ 315,85
por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou
18,55%. Em 12 meses, os preços alcançaram 54,34% de alta.
Segundo os analistas, muitos pecuaristas,
especialmente os capacitados para o confinamento, trabalham para negociar a
boiada na etapa final do ano, quando já há vencimentos de contratos futuros na B3 negociados a valores acima
de R$ 335/@.
No entanto, observa a IHS, os custos altos da
nutrição e da reposição não permitiram um aumento da quantidade de animais
confinados, sobretudo em fazendas de pequeno e médio portes.
As exportações de carne bovina
mostraram, nos três primeiros dias úteis de junho, significativo avanço. A
recente desvalorização do dólar frente ao real não tirou a competitividade da
proteína brasileiro no mercado mundial, em função dos valores maiores cobrados
por alguns dos principais concorrentes, como EUA e Uruguai.
Mercado futuro
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de queda acentuada em toda a curva e seguem na contramão da tendência do mercado físico das últimas duas semanas. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 321 para R$ 319,55, do outubro caiu de R$ 336,10 para R$ 330,90 e do novembro, de R$ 336,40 para R$ 331,20 por arroba.
Fonte: Compre Rural
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